terça-feira, 20 de dezembro de 2016

"American Gods", Neil Gaiman

Ei, oh mana, finalmente uma opinião sobre livros...tava a ver que isto agora era só histórias de veterinária e dilemas existenciais...- comentam vocês. 

Sim, já era tempo de publicar algo relacionado com o principal tema do blog...Contudo, não é sempre de opiniões positivas que se fazem as estantes e a inspiração tardava em chegar. 

Não estou habituada a ser desiludida pelos meus escritores favoritos, mas desta vez o Neil não me deixou muito satisfeita com este seu American Gods

O protagonista desta trilogia é "Shadow", um homem na casa dos trinta que havia cometido um crime e que se encontrava no final da sua pena de prisão. Tudo o que ele queria era voltar para a sua mais que tudo e deliciar-se com um belo banho de imersão. Mas algo de inesperado acontece e Shadow é libertado alguns dias mais cedo. A partir daí tudo corre de forma estranha, quase sobrenatural e o caminho do protagonista cruza-se com o de deuses desacreditados, que caminham entre os comuns mortais e que tentam sobreviver à modernidade e aos seus novos deuses. 

Esta história, apesar de dotada da típica narrativa do fantástico e com a mestria habitual de Neil Gaiman, acabou por me desiludir. Aparentemente tinha uma série de elementos que eu aprecio: história, mitologia e um enredo com potencial. No entanto, houve alguma coisa que falhou. O mais estranho é que não consigo precisar exactamente o que foi. Talvez tenham sido as inúmeras interrupções das narrativas, onde o escritor narrava uma serie de acontecimentos passados com o povo que colonizou o Novo Mundo. Senti que de certa forma quebravam o ritmo da história principal e algumas eram simplesmente aborrecidas, "deal breakers". 

A própria falta de rumo de Shadow era aborrecida e o que ainda ia salvando a situação era o vilão "Wednesday". Eram as suas tiradas irónicas e o seu comportamento enigmático que davam algum ânimo ao livro.

Demorei imeeeenso tempo a conseguir terminar este livro. Tinha grandes expectativas. Adorei o "The Graveyard Book" e o "Coraline", mas de facto eram livros para crianças/jovens e nesta vertente mais "adulta" não amei Neil Gaiman. Em 2017 vai começar uma nova série televisiva baseada nesta trilogia e de título homónimo. Não sei como vão tornar a história apelativa, mas vou estar atenta!

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